de braços abertos para o mundo
eu contemplo e contemplo sem entendimento
esse estranho equilíbrio dos opostos.
Somos ossos, músculos, células vivas,
somos combinações químicas,
numa seqüência inexorável
que vai do gênese à decomposição.
E tudo se esvai tão de pressa e sem sentido,
nem mesmo acabamos de sentir o sopro
do primeiro alento.
Será que a passagem pela vida
formam sinais perdidos,
sem a resposta para nossos ais?
Nada me assusta mais, tenho certeza,
que a idéia de nunca despertar
e tudo se tornar um sonho lindo que findou...
Meu Deus, eu creio,
firme e intensamente,
que além das sofreguidões do tempo
terá sentido a dádiva do amor.
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