segunda-feira, 23 de maio de 2011

A dúvida

José Luongo da Silveira


Tudo se passa como que um palco,
de braços abertos para o mundo                                                
eu contemplo e contemplo sem entendimento
esse estranho equilíbrio dos opostos.

Somos ossos, músculos, células vivas,
somos combinações químicas,
numa seqüência inexorável
que vai do gênese à decomposição.

E tudo se esvai tão de pressa e sem sentido,
nem mesmo acabamos de sentir o sopro
do primeiro alento.

Será que a passagem pela vida
formam sinais perdidos,
sem a resposta para nossos ais?

Nada me assusta mais, tenho certeza,
que a idéia de nunca despertar
e tudo se tornar um sonho lindo que findou...

Meu Deus, eu creio,
firme e intensamente,
que além das sofreguidões do tempo
terá sentido a dádiva do amor.

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